Canetas nacionais têm melhor desempenho, diz Inmetro
21/08/2010
Fonte: http://fantastico.globo.com/Jornalismo/FANT/0,,MUL1613674-15605,00.html 16/08/10
O instituto avaliou o custo de cada marca em relação à duração das canetas. Uma máquina de um laboratório em Manaus credenciado pelo Inmetro reproduz o ângulo formado pela mão e pelos dedos segurando a caneta. Foi com ela que o Inmetro testou as canetas esferográficas.
O que importa no teste é a extensão da escrita, medida em metros. O Inmetro testou 20 marcas: cinco brasileiras (Bic, Compactor, Faber Castell, Megastar e Voyage); 13 chinesas (Aiho, Ball Pen, Chengwen, Cis, Cis – Stick, Global Pen Industry, Kit, Mercur, Molin, Pen Trade, Slim Basic, Tris, Winning); uma japonesa (Click BP) e uma da Malásia (Stabilo).
Apenas uma teve falha durante a escrita: a chinesa Chengwen. A que durou menos foi a também chinesa Kit: apenas 362 metros. As marcas importadas Cis Stick, Click BP, Global Pen Industry, Pen Trade e Tris duraram menos de mil metros de escrita. O Inmetro avaliou também o custo de cada marca em relação à duração das canetas. As marcas brasileiras têm custo médio de R$ 1,86 para cada dez mil metros de escrita. As marcas chinesas pulam para R$ 10,98. E as outras marcas, R$ 17,47.
“O grande resultado é que as canetas nacionais têm um desempenho, um custo-benefício, significativamente maior do que as canetas importadas”, avalia o presidente do Inmetro, Alfredo Lobo.
Alguns fabricantes e importadores questionaram o teste. O vendedor das marcas chinesas Ball Pen e Pen Trade alega que comprou lotes dessas canetas em um leilão da Receita Federal. Mas, segundo o Código de Defesa do Consumidor, isso não o isenta de responsabilidade sobre a qualidade do produto.
“Em função desses resultados, nós pretendemos acionar a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) para fazermos uma norma definindo os requisitos que uma caneta deve atender, além de estudar a criação de um programa de certificação, de forma a regularizar o mercado”, adianta Alfredo Lobo.